Se você tem câncer de pele melanoma, pode ter perguntas sobre o seu prognóstico. Um prognóstico é a melhor estimativa do médico sobre como o câncer afetará alguém e como ele responderá ao tratamento. O prognóstico e a sobrevida dependem de muitos fatores. Somente um médico familiarizado com seu histórico médico, o tipo e estágio do câncer, os tratamentos escolhidos e a resposta ao tratamento pode reunir todas essas informações com estatísticas de sobrevida para chegar a um prognóstico.
Um fator prognóstico é um aspecto do câncer ou uma característica da pessoa (como gênero) que o médico considerará ao fazer um prognóstico. Um fator preditivo influencia como um câncer responderá a um determinado tratamento. Fatores prognósticos e preditivos são frequentemente discutidos juntos. Ambos desempenham um papel na decisão sobre um plano de tratamento e um prognóstico.
Os seguintes são fatores prognósticos e preditivos para o câncer de pele melanoma.
Espessura do tumor
A espessura do tumor primário é um fator prognóstico importante. Ajuda a prever o risco de que o câncer se espalhe. Quanto mais espesso o tumor, pior o prognóstico. O câncer de pele melanoma com menos de 1 mm de espessura tem um baixo risco de se espalhar para outras partes do corpo. O câncer de pele melanoma que é mais espesso que 4 mm apresenta um risco maior de se espalhar para outras partes do corpo e voltar a aparecer (recidivar) após o tratamento.
Ulceracão
A ulceração é quando há pele quebrada com uma ferida aberta. Quando há ulceração do tumor primário, o prognóstico é menos favorável do que em um tumor sem ulceração. A presença de ulceração aumenta o risco de que o câncer se espalhe para outras partes do corpo e volte após o tratamento.
Taxa mitótica
A taxa mitótica mede quão rapidamente as células cancerosas estão se dividindo e crescendo. É o número de células que se dividem (mitose) em uma determinada quantidade de tecido canceroso. Uma taxa mitótica aumentada está associada a um prognóstico ruim.
Localização do câncer na pele
Ter câncer de pele melanoma nos braços ou pernas (extremidades) tem um prognóstico melhor do que ter câncer de pele melanoma na parte central do corpo (tronco), cabeça ou pescoço. O câncer de pele melanoma nas palmas das mãos ou nas solas dos pés também tem um prognóstico pior em comparação com outras localizações.
Gênero
As mulheres com câncer de pele melanoma tendem a ter um prognóstico melhor do que os homens com câncer de pele melanoma. Isso pode ser porque as mulheres desenvolvem melanomas que envolvem mais frequentemente as extremidades, enquanto os homens costumam desenvolver melanomas que envolvem o tronco, cabeça ou pescoço.
Idade
Pessoas com menos de 35 anos têm um maior risco de o câncer de pele melanoma se espalhar para linfonodos próximos. Mas, de modo geral, as pessoas mais velhas têm um prognóstico pior.
Padrão de crescimento
O melanoma nodular tem um prognóstico ruim porque cresce profundamente na pele (padrão de crescimento vertical) e tende a ser espesso quando diagnosticado.
Linfonodos com câncer
Se o câncer se espalhou para linfonodos próximos, o prognóstico é pior. Quanto maior o número de linfonodos que contêm câncer, pior o prognóstico. Pessoas com câncer em 4 ou mais linfonodos próximos têm um prognóstico pior do que aqueles com 1 a 3 linfonodos cancerosos.
Se linfonodos aumentados podem ser palpados (são palpáveis) ou encontrados durante exames de imagem, o prognóstico é pior do que quando há apenas uma pequena quantidade de câncer (micrometástases) nos linfonodos.
Metástases distantes
O câncer de pele melanoma que se espalhou para outras partes do corpo (chamadas metástases distantes), como pulmões, fígado ou cérebro, tem um prognóstico ruim. Esse prognóstico é pior do que o câncer que se espalhou para outras partes da pele, longe de onde começou, tecido sob a pele (tecido subcutâneo) ou linfonodos distantes.
Para melanoma metastático, um nível alto de lactato desidrogenase (LDH) no sangue tem um prognóstico pior do que quando o nível de LDH está normal.
