Nova mutação da COVID-19 na Finlândia pode escapar dos testes de PCR

Nova mutação da COVID-19 na Finlândia pode escapar dos testes de PCR
Um trabalhador da saúde usa um swab para realizar um teste diagnóstico PCR para COVID-19 em um passageiro que chega em uma cabine de testes no Aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, ao nordeste de Paris, França, 13 de fevereiro de 2021. (Foto AFP)

As variantes do vírus têm sido o principal obstáculo dos cientistas na luta contra a pandemia global de COVID-19, e agora uma nova cepa na Finlândia pode ter mutado de uma maneira que a permite escapar da detecção em testes de reação em cadeia da polimerase (PCR), de acordo com especialistas.

A Vita Laboratories, com sede em Helsinque, afirmou que a variante Fin-796H é diferente de cepas previamente encontradas na África do Sul e no Reino Unido, e que este novo coronavírus mutado pode não ser detectado em testes PCR, conforme noticiou a emissora pública nacional da Finlândia, YLE.

“A variante foi descoberta em um paciente na semana passada, portanto, detalhes sobre a infectividade e a possível resistência dessa cepa às vacinas ainda não são conhecidos”, disse Taru Meri, pesquisadora da Vita Laboratories, à Yleisradio Oy (YLE), a emissora pública nacional da Finlândia.

Essa nova descoberta ocorre enquanto o mundo tenta lidar com várias outras variantes, incluindo três principais do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil. A variante B.1.1.7, originária do Reino Unido, tem se espalhado constantemente pelo mundo e muitos países ainda estão tentando contê-la.

Enquanto isso, a cepa sul-africana, ou B.1.351, levanta muitas questões sobre reinfecções e vacinas. A capacidade da nova variante da Finlândia de escapar da detecção pode introduzir novas complicações na luta contra o vírus.

A Vita Laboratories considerou a descoberta da nova variante significativa, pois pode não aparecer em testes PCR que buscam sequências genéticas específicas no RNA do vírus.

“A incapacidade dos testes de reconhecê-la, o que significa que essas mutações ocorreram na seção na qual o teste PCR é baseado, é a informação mais importante sobre esta variante no momento”, afirmou Meri.

O laboratório também observou que era improvável que a variante tivesse surgido na Finlândia, dada a baixa taxa de infecção por coronavírus no país.

Até agora, 450 casos de variantes do coronavírus foram reportados na Finlândia e, destes, 422 eram da mutação britânica, 22 da sul-africana e um da brasileira. Um total de 52.209 casos foram registrados no país, incluindo 725 que resultaram em fatalidades.

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