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Vacina da Sinovac pode não ser eficaz contra variante do Brasil

A vacina contra COVID-19 da Sinovac Biotech pode não induzir respostas de anticorpos suficientes contra uma nova variante identificada no Brasil, mostrou um estudo laboratorial com amostras pequenas.

Vacina da Sinovac pode não ser eficaz contra variante do Brasil
Um trabalhador de saúde prepara uma dose da vacina da Sinovac Biotech para a doença coronavírus em uma estação de vacinação, durante o programa de vacinação em massa para pessoas idosas, em Jacarta, Indonésia, 5 de março de 2021. (Foto: Reuters)

A emergência de variantes do coronavírus levantou preocupações de que vacinas e tratamentos desenvolvidos com base em cepas anteriores possam não funcionar com a mesma eficácia.

A amostra de plasma coletada de oito pessoas vacinadas com a CoronaVac da Sinovac não conseguiu neutralizar de forma eficiente a variante da linhagem P.1, ou 20J/501Y.V3, disseram os pesquisadores em um artigo publicado na segunda-feira, antes da revisão por pares.

“Esses resultados sugerem que o vírus P.1 pode escapar dos anticorpos neutralizantes induzidos pela CoronaVac”, afirmaram pesquisadores da Universidade de São Paulo no Brasil, da Escola de Medicina da Universidade de Washington nos Estados Unidos e de outras instituições no artigo.

A CoronaVac está sendo utilizada em campanhas de vacinação massiva em países como China, Brasil, Indonésia e Turquia.

Embora o estudo sugira que a reinfecção pode ocorrer em indivíduos vacinados, a proteção oferecida pela CoronaVac contra COVID-19 grave pode indicar que outros mecanismos no sistema imunológico humano, além dos anticorpos, também podem contribuir para a redução da gravidade da doença, disseram os pesquisadores.

Um porta-voz da Sinovac não estava disponível para comentar. O CEO Yin Weidong disse em um programa transmitido pela emissora estatal CGTN na quinta-feira que a empresa está “plenamente capaz” de usar sua pesquisa atual e capacidade de fabricação para desenvolver uma nova vacina contra variantes, se necessário.

Ele também afirmou que o processo levaria muito menos tempo do que levou para desenvolver a CoronaVac.

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