A União Europeia não encontra nenhuma ligação entre distúrbios menstruais e a vacinação contra a COVID-19.

O regulador de medicamentos da Europa afirmou na sexta-feira que, até agora, não houve ligação causal entre as vacinas contra o coronavírus e os distúrbios menstruais. Esta agência recomendou, separadamente, que três novas condições sejam adicionadas como possíveis efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus da Johnson & Johnson.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que seu comitê de segurança havia estudado os casos de distúrbios menstruais relatados após a vacinação e que essa agência solicitou mais dados dos desenvolvedores de vacinas para avaliar a questão.
Distúrbios menstruais podem ocorrer por várias razões, desde estresse e fadiga até condições médicas subjacentes, como miomas e endometriose.
Separadamente, a EMA recomendou na sexta-feira que trombocitopenia imune, tontura e zumbido sejam adicionados aos rótulos da vacina de dose única da Johnson & Johnson como reações adversas potenciais.
A EMA enfatizou que os benefícios da vacina da Johnson & Johnson ainda superam quaisquer riscos e que essa agência analisou 1.183 casos de tontura e mais de 100 casos de zumbido para chegar a essa conclusão.
A empresa Johnson & Johnson não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.
No mês passado, a EMA listou um raro distúrbio neurodegenerativo, a síndrome de Guillain-Barré (GBS), como um possível efeito colateral raro da vacina da Johnson & Johnson. Esta empresa também enfrentou dificuldades de fornecimento na União Europeia.
A EMA também adicionou GBS como um possível efeito colateral da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca e ainda está monitorando tais relatos.
Tanto as vacinas da Johnson & Johnson quanto da AstraZeneca utilizam tecnologias semelhantes, mas com diferentes versões de um vírus resfriado para fornecer instruções de construção de imunidade ao corpo.